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Mensagens

A mostrar mensagens de julho, 2006

Ás vezes

Ás vezes sinto saudades daquele tempo em que a vida corria leve sem sobressalto, do tempo em que riamos e cantávamos alto aproveitando cada segundo de cada momento. Ás vezes sinto saudades das conversas banais em que trocávamos segredos cheios de emoção, do tempo em que abríamos sem receio o coração sempre cheio de sonhos e de loucos ideais. Ás vezes sinto saudades daquela altura em que não sabia nem entendia nada da vida, do tempo em que não me sentia tão perdida e onde não havia lugar para qualquer amargura. Ás vezes sinto saudades do tempo que já passou e que na pressa mudou tudo sem sequer avisar, do tempo que hoje me limito a recordar e cuja serena tranquilidade nunca mais voltou. Ás vezes sinto saudades daquele tempo em que éramos felizes na pura ignorância, do tempo em que todos os dias eram infância e em que o mundo se movia com outro alento. Ás vezes sinto saudades do tempo lá de trás em que tudo parecia ser tão mais fácil de entender, do tempo em que ainda não sabia que as co

Perdi-me...

Perdi-me no silêncio da palavras que nunca tive coragem de dizer, escondi-me no silêncio de gestos que nunca tive coragem de fazer. Perdi-me no silêncio das decisões que nunca tive coragem de tomar, escondi-me no silêncio dos desejos que nunca tive coragem de realizar. Perdi-me no silêncio do meu coração que nunca tive coragem de controlar, escondi-me no silêncio deste sonho que nunca tive coragem de concretizar. Perdi-me no silêncio desta mágoa que nunca tive coragem de revelar, escondi-me no silêncio desta dor que nunca tive coragem de debelar. Perdi-me no silêncio da minha solidão e escondi-me de mim sem o perceber, perdi-me no silêncio da minha decepção e escondi-me dentro do meu próprio ser.
Pouco mais... De ti ficaram pouco mais que recordações de pequenos nada que julgava serem tudo, ficaram as conversas, os arrufos, as confissões, as vezes em que me olhavas num silêncio mudo, ficaram os risos, os toques e as intenções, os momentos, as ternuras, a sensações. De ti ficaram pouco mais que ilusões que aos poucos tomaram o meu coração, ficaram os abraços, os medos, as tensões, as vezes que o teu olhar me tirava o chão, ficaram as vivências, a saudade, as emoções, os gestos, os carinhos e todas as decepções. De ti ficou pouco mais que a incerteza de quem não entende o que nos aconteceu, ficaram as memórias de ter sido princesa e todas as vezes em que foste o meu Romeu, ficaram pequenos vestigios de amor e pureza, as sombras baças do que um dia foi certeza...
Coisas do coração E se o teu coração de ferro e aço se derretesse no calor de um abraço? E se o teu coração magoado e fechado se abrisse com um sorriso iluminado? E se os teus maiores medos e receios desaparecessem atónitos e alheios? E se os teus maiores sonhos e desejos se realizassem numa promessa de beijos? E se tudo o que sempre quiseste evitar tivesse a força de uma onda do mar? E se tudo aquilo a que sempre disseste não tivesse o encanto de uma mágica paixão? E se o teu coração de ferro e aço se fundisse na ternura de um abraço? E se o teu coração cansado desta solidão batesse mais forte ao toque de uma mão? E se tudo o que sempre te fez confusão aos poucos abrisse uma porta no teu coração? E se tudo o que nunca quiseste ter fosse a luz mais brilhante no teu viver? HP