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Mensagens

A mostrar mensagens de junho, 2010

Saramago num poema

Imagem retirada do Google - Site:static.publico.clix.pt Nasceste num lugar diferente da Terra do Pecado, estudaste num Manual de Caligrafia e Pintura, Levantado do Chão onde a vida te quis prostrar ficaste amarrado e preso ao Memorial do Convento, No ano da Morte de Ricardo Reis iniciaste uma viagem numa inigualável Jangada de Pedra de fino trato, descobriste a História do Cerco de Lisboa e nunca acreditaste em religião que não nesse desprezado Evangelho Segundo Jesus Cristo que te feriu de morte o orgulho de ser Português e te levou para outras paragens, abriste os olhos dos homens num Ensaio Sobre a Cegueira e sem nunca viveres numa Caverna foste um Homem Duplicado que se multiplicou em muitos num largo campo de acção, no Ensaio sobre a Lucidez deixaste antever o que seriam As intermitências da Morte e numa Viagem de Elefante abriste portas à discussão, à contradição, à revolta e ao espanto ao dares a conhecer ao mundo esse teu Caim que seria sem saberes o prenúncio de um fim… o teu

Desfolho as letras do teu nome - 2º Lugar na Categoria de Soneto nos VI Jogos Florais do Concelho de Tondela

(Imagem retirada do Google) Desfolho as letras do teu nome como malmequeres amarelos colhidos num jardim à beira da estrada, desfolho-as e penso no que dirás quando souberes que me dizem que afinal por ti nunca fui amada. Desfolho as letras do teu nome em quieta surdina na escuridão da noite que me envolve os pensamentos, desfolho-as e por momentos volto a ser a menina que acreditava na pura inocência dos sentimentos. Desfolho as letras do teu nome como uma ladainha na esperança de que a repetição se torne realidade e de que num passe de magia apareças junto de mim, de que num gesto mudo ponhas a tua mão na minha e de que por momentos o sonho possa ser verdade e de que na escuridão da noite se faça luz por fim.

Oh Concelho de Ferreira

Oh concelho de Ferreira cheio de beleza e encanto Orgulhosamente vestido com o teu verdejante manto, O Zêzere ledo e calmo se espraia em ti de lés a lés E o Ribatejo rendido abraça a Beira a teus pés. Nove são as freguesias que trazes no coração Todas belas e airosas cheias de alma e tradição, Cada uma com seu santo, sua lenda e sua história Que se perde no tempo muito para alem da memória. Pedro Ferreira te deu foral e D. João III te fez vila, Pertenceste aos Templários e foste da Ordem de Cristo, Keil compôs a Portuguesa na tua paisagem tranquila E deu ao país um hino como nunca se havia visto. D. Carlos foi caçador na vastidão dos teus montes, Foste berço de mil nomes e outros tantos talentos, Brotam em ti frescas águas que dão de beber às fontes Onde se refrescam as almas e aclaram os pensamentos.