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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2016
A vida é um texto em permanente actualização… e à semelhança de todos os textos também ela é composta de muitas palavras, que compõem muitas linhas que por sua vez compõem muitos parágrafos.   E a vida, à semelhança de todos os textos, também carece da pontuação correcta: temos de saber quando empregar uma vírgula, um ponto final ou simplesmente reticências…
Apresentação da Antologia "Sensualidades", que conta com a participação de 14 autores, entre os quais me incluo, ontem em Corroios. Agora fica a alegria, o orgulho, a serenidade e a vontade de fazer ainda mais e melhor...de ousar ainda mais...de desbravar novos caminhos... de crescer...de aprender...de sonhar ainda mais alto. Obrigada a todos os que ao longo dos anos me têm encorajado, acompanhado e incentivado! São momentos assim que fazem tudo valer a pena... Deixo-vos um dos poemas que integra esta edição... espero que gostem... És folha de alvo papel, delicado e com doce aroma onde as minhas mãos, qual pincel de astuto artista, desenham novos sonhos, novos mundos e sensações que te enchem de sombreados coloridos e alegres, cada pedaço teu é um cantinho de tela em branco onde rabisco linhas sem nexo e sem razão que formam cenas desta história que contigo inventei, cada gesto teu anima os meus desenhos e faz cada linha ganhar vida própria e tornar-se filme mudo, mas

Surpresa ! Parte II :)

E hoje estamos em dia de revelações  smile emoticon  ... não se preocupem que são tudo coisas boas... para mim pelo menos  smile emoticon A Dª Fernanda Meneses , com a devida permissão, fez este video... e o que tem isso de especial? Nada... a não ser que o texto é meu... Mais um tesourinho escondido há 8 anos... que hoje vos revelo: https://youtu.be/naT_K57YcL8

Surpresa!

E às vezes deparamo-nos com estas surpresas... e são tão boas! O Sr. Rogério Lopes, com a devida permissão, fez este video... e o que tem isso de especial? Nada... a não ser que o texto é meu :) O video já tem algum tempo... o poema já é antigo... mas hoje apeteceu-me partilhar! Obrigada! https://youtu.be/lCRqvPKZVAM

Ensaio de conto /romance /ou coisa assim - Parte I e II

"Depois de ter publicado diversos pedaços, heis agora a versão com todos eles juntos... a continuidade desta história e deste projecto depende, também, da vossa opinião... se puderem deixar o vosso comentário / opinião...positiva ou não...agradeço! Beijinhos e obrigada!!                                                               Parte I Levantei-me discretamente, ajeitei a saia, fechei calmamente os botões do casaco, cheguei a cadeira para junto da mesa, peguei na bolsa, passei as mãos pelo cabelo, deitei-lhe um último olhar, esbocei um sorriso cordial e disse serenamente: - Obrigada pelo café. Adeus e até nunca mais. Sai para a rua... Fechei os olhos... Senti o vento na cara... sorri...e segui serenamente pela alameda rodeada de árvores frondosas. Levava na cara um sorriso e na cabeça um tumulto de pensamentos e sensações que oscilavam entre o engraçado, o orgulho e o incrédulo. Noutros tempos viria de consciência pesada por ter tido a lata de deixar a criatura esp

Aquele preciso momento

Sabes aquele preciso momento, aquela fracção de segundo, aquela centelha de tempo em que à velocidade da luz és atingido com a violência de um murro no estômago pela mais simples das realidades: há coisas que não valem a pena! De repente, num estalar de dedos, apercebes-te de uma coisa que andas há dias, há meses, há semanas, por vezes até há anos a rondar sem no entanto nunca perceber… e sentes-te parvo… como se fosses a única pessoa incapaz de ver o que te rodeia. Num breve momento percebes que na verdade criaste expectativas vãs, acreditaste num instinto que te falhou, insististe numa coisa que não valia o teu tempo nem o teu esforço, seguiste o teu coração mas na verdade ele levou-te por um caminho que tu não estás disposto a percorrer. Naquela fracção de segundo é como se o mundo ligasse todos os holofotes e tu fosses iluminado por uma luz que te mostra o quão fora da realidade tu estavas ao insistir, o quão despropositada era a tua vontade de concretizar o inconcreti

Ensaio de conto /romance /ou coisa assim - Parte III

Já passaram uns dias… do Júlio, graças a Deus, nem sinal. Penso que percebeu que não vale a pena insistir e com o seu orgulho ferido preferiu dizer aos amigos que eu não sou suficientemente boa para ele e assim manter as distâncias. Por mim está de bom tamanho.  A Guida já me ligou não sei quantas vezes, tristíssima por as coisas não terem resultado… já lhe expliquei por A + B que não há volta a dar, mas acho que ela ainda não está convencida. Se ela sonhasse o que aconteceu, por acaso, neste últimos dias teria um ataque cardíaco! Por isso vou ficar quieta e sobretudo calada e nem me passa sequer pela cabeça contar-lhe nada. Não, não sou má amiga, mas não me apetece tê-la a fazer de mãezinha e dizer que sou louca e que não devia pensar sequer ponderar tal ideia. Não me interpretem mal, adoro a Guida, mas se a mim estas ideias, até agora, não me haviam passado pela cabeça, eu que sou, na opinião de muitos, estranha… imaginem pela cabeça da Guida, a miss perfeição, toda certinha

Ensaio de conto/romance/ou coisa assim :) - Parte II continuação

(...)E heis que um sinal sonoro me informa que acabo de receber uma mensagem… mas quem será agora? Justamente agora que o pastel de nata me estava a saber tão bem. Abro a capa, carrego no botão… Indicação de nova mensagem, remetente Júlio… a sério? Humm… não estou nem aí… distraidamente carrego no apagar e nem me dou ao trabalho de ler. Escusam de estar aí com essa cara a julgar-me… se a alminha quisesse dizer-me alguma coisa de relevante tinha aproveitado a ocasião em lugar de ter aproveitado para se auto-elogiar. Não me apetece perder tempo com coisas que não levam a lado nenhum. Mentalmente já estou a imaginar que em breve Margarida Sofia me vai ligar a questionar porque raio não respondi à mensagem do amigo… lá terei de lhe explicar que não me apetece perder tempo com pessoas sem interesse nem conteúdo. Mas isso, são outros quinhentos… neste momento o que me importa é terminar este belo lanche, aproveitar esta bela tarde e esquecer tudo o resto. E lentamente levanto-me, fa

Ensaio de conto/romance/ou coisa assim :) - Parte II

(...) Mas não sabes e não te condeno por isso, na verdade nunca te expliquei, nunca falámos sobre isso… Agora que penso nisso somos amigas há tantos anos e nunca falámos sobre tanta coisa. Ainda assim achas que me conheces melhor do que eu mesma, continuas a achar que a minha vida é um mar de rosas porque nalgum ponto da minha vida, talvez de forma inconsciente optei por seguir um rumo diferente do que era esperado de mim: estudar, trabalhar, casar, ser uma esposa prendada e submissa, ter filhos e ser uma mãe maravilhosa. Dizes vezes sem conta que invejas a minha liberdade mas dizes outras tantas vezes que não serias capaz de viver assim… o que raio é viver assim? Até parece que sou uma freira em regime de clausura ou um eremita escondido do mundo na sua caverna. Ai Guida! Pará de me tentar arranjar uma companhia, pára de me tentar impingir os teus amigos, os amigos dos teus amigos e afins, pára de me tentar impingir como se fosse uma mercadoria danificada ou um artigo descontin

Ensaio de conto/romance/ou coisa assim :) - Parte I

Levantei-me discretamente, ajeitei a saia, fechei calmamente os botões do casaco, cheguei a cadeira para junto da mesa, peguei na bolsa, passei as mãos pelo cabelo, deitei-lhe um último olhar, esbocei um sorriso cordial e disse serenamente: - Obrigada pelo café. Adeus e até nunca mais. Sai para a rua... fechei os olhos... senti o vento na cara... sorri...e segui serenamente pela alameda rodeada de árvores frondosas. Levava na cara um sorriso e na cabeça um tumulto de pensamentos e sensações que oscilavam entre o engraçado, o orgulho e o incrédulo. Noutros tempos viria de consciência pesada por ter tido a lata de deixar a criatura especada na esplanada... mas hoje não, hoje sentia-me bem, poderosa e senhora de mim... queria lá saber do politicamente correcto e do socialmente bem visto. O toque do telemóvel interrompeu-me os pensamentos... sentei-me num dos bancos do jardim, inspirei, retirei o telemóvel da bolsa...Margarida... ui, agora é que as coisas iam ficar divertidas, pens