Olho-te com os olhos loucos e cegos do amor, Olho-te com os olhos enegrecidos da traição, olho-te com os olhos de quem chora a dor de um punhal de mentiras cravado no coração. Olho-te com os olhos abertos da desconfiança, olho-te com os olhos verdes da raiva e do ciúme, olho-te com os olhos fechados a toda a lembrança que a tua simples presença possa trazer a lume. Olho-te com os olhos da mágoa e da tristeza, olho-te com os olhos faiscantes de raiva contida, olho-te com os olhos baços da incredulidade, Olho-te com os olhos de quem tem a certeza de que apesar de me sentir frágil e perdida vou olhar a vida com os olhos puros da verdade.