Por vezes faz-me falta o teu silêncio ensurdecedor, faz-me falta sentir a tua revolta desfeita em espuma, faz-me falta ouvir das tuas ondas o rebelde clamor, faz-me falta ver aquilo que a vista não vislumbra... Por vezes faz-me falta a tua voz serena e branda, faz-me falta sentir a tua leve e ondulante vibração, faz-me falta ouvir desfalecer no areal a tua demanda, faz-me falta ver a vida com os olhos serenos do coração... Por vezes faz-me falta o abraço silencioso da tua calma, faz-me falta sentir a tua magnética e estranha atracção, faz-me falta ouvir a voz da ondas que traz a calma, faz-me falta ver para além da primeira percepção... Por vezes faz-me falta o teu silêncio ensurdecedor, faz-me falta sentir o teu aconchego e conversar, faz-me falta ouvir a tua voz cheia de luz e calor, faz-me falta ver a tua perfeita imensidão... oh mar! (Dezembro 2017)
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