Estava farto! Farto de coisas que lhe lembravam dela! Era como se as lembranças o perseguissem em cada lugar, em cada cheiro, em cada objeto... como se ela tivesse impregnado a sua vida e não houvesse forma de a eliminar. Estava cansado de recordar...cansado de se lembrar dela...de a associar a cada lugar onde ia...de a sentir no cheiro familiar do perfume de alguém com se cruzava na rua... estava cansado de viver com ela sem que ela estivesse presente... Naquela tarde encheu-se de coragem...entrou em casa, pousou as chaves, foi ao quarto mudar de roupa, vestiu um fato de treino confortável, foi à cozinha abriu a gaveta e retirou um saco para o lixo. Inspirou... e nessa tarde revirou todos os recantos da casa, revoltou todas as gavetas, todos os armários, todas as prateleiras e todas as caixas...vasculhou minuciosamente cada milímetro do seu espaçoso apartamento...e ao fim de algumas horas, cansado, sentou-se no sofá e olhou para o saco...estava vazio! Percebeu então que há muito hav...
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