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Pequenos nadas

Há pequenos nadas que nos enchem de felicidade
como um passeio à beira rio num qualquer final de tarde,
como um sorriso no rosto traquina de uma criança
que pinta a vida colorida com as cores da esperança,
como uma palavra, um gesto ou um simples sinal
que nos faz acreditar que a vida não é tão má afinal,
como um momento de partilha e de franca verdade
que nos faz perceber o que significa a palavra intimidade,
como a brisa fresca da tarde que nos refresca o coração
fazendo-nos perceber que a vida é feita de emoção,
como uma gargalhada de prazer por uma coisa singela
que enche o momento de uma alegria pura e bela,
como esperar um resultado que teima em não sair
e termos a secreta esperança que o mesmo nos faça sorrir
como percorrer a pauta com a ponta receosa de um dedo
e concluir que a nota fez desaparecer todo o medo,
como dar pulos e abraços de esfusiante contentamento
quando um pequeno nada se torna um grande momento!

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Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!

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