Por mais difícil que por vezes possa parecer, chega uma altura em que temos de aprender a valorizar-nos e sobretudo temos de entender que na verdade somos a única pessoa imprescindível na nossa vida... aceitar que todos os que nos fazem mal e nos tentam cobrir com a sombra da sua má energia estão a mais e não nos fazem falta. Era bom se na vida real houvesse um botãozinho que desse para bloquear certas pessoas, assim libertávamos espaço para as coisas que valem a pena, para pessoas que realmente importam e deixávamos ir a flutuar no espaço as criaturas que nos atrasam, nos diminuem e nos arrastam para o poço negro da energia negativa. Aprende a afastar-te daqueles grandes amigos que só se lembram de ti quando precisam de alguma coisa ou quando lhes podes ser útil de alguma forma... aprende a afastar-te daquelas pessoas que te drenam a energia e te esvaziam a paciência... aprende a afastar-te daquelas pessoas que "morrem" por atrair atenção e compaixão quando na verdade tudo n
Um sitio para falar de emoções, sensações, para deixar ideias...enfim um cantinho para as letras em todas as suas formas, em todas as suas dimensões... em todas as suas maravilhosas nuances.
Tu és salsa, bolero, forró
ResponderEliminarou mesmo sambinha de uma nota só,
tu és valsa ou tango argentino,
tu és as notas do meu destino.
Tu és merengue, mambo, lambada
ou mesmo uma rumba bem ritmada,
tu és fandango, corridinho, malhão,
tu és música que dança no meu coração.
Gostei muito do seu poema lembra meu Brasil de ritmos e cores.
Um forte abraço.
OLA DESCULPA ESTA VISITINHA
ResponderEliminarADOREI TEU BLOG
POEMAS LINDISIMOS
PARABENS
UM BEIJO
CS
ps:visita-me e cometaos meus poemas em:http://clsantos.blogspot.com/
Tango
ResponderEliminarO último raio de sol ainda ilumina as largas ruas, as latinas e quadradas plazas de Buenos Aires fim de tarde.
Edifícios dourado róseo resplandecem de brilho , pesadas construções de pedra, simbolismo Espanhol noutro lado do mundo. No colorido e caprichoso bairro de Boca lentamente vão-se juntando pessoas em círculos nas estreitas e sinuosas ruas ,indiferentes ao trânsito.
Um par vestido de negro dança ao som do tango, peles morenas e transpiradas, concentração total no movimento e no momento dançam com a alma pungente das guitarras espanholas.
Aos câmbios de ritmo pronunciado dos músicos o par responde com o corpo num frenesim exagerado de sentimentos e emoções e em sintonia com o catalogo de cores das ruas contagia o mais lúgubre transeunte acotovelado na calle Santiago.
Raul e Constância conheceram-se nas docas e ainda poucas palavras tinham cruzado até os pés desenharem os sons invisíveis das ruas. O bar totalmente cheio e a canilha de chá-mate vazia levaram-nos para outras paragens mais afastadas do rio La Plata, tinham no corpo magro a maldição da música, dançar transportava-os através de dimensões cósmicas que outros seres vivos ignoravam.
Constância andava pelos trinta e poucos anos de idade, tinha coxas sensuais e uma bela silhueta de bailarina, pescoço esguio, olhos muito escuros e pele bronzeada, movimentos largos e suaves que controlava perfeitamente enquanto as mãos com longos dedos deslizavam demoradamente pelo corpo de Raul. Este era um pouco mais novo, Marinheiro e homem curtido pelo mar, em cada porto procurava o calor ausente das brisas marinhas, também ele dançava por paixão ,em todos os cais e com todas as amantes ocasionais.
O tango foi alucinante assim como o devaneio que os uniu por um instante, as horas pareceram-lhes ínfimas fracções temporais.
De mão dada ignoraram a vaga multidão calada e tão breves como chegaram afundam-se na distância da rua. As laranjeiras baixas ocultam a noite e esta fecha-se em cheiros doces e sombras dúbias onde dançam macabras todas as dúvidas e fantasias.
Mal pendurada na parede branca uma placa em ferro ferrugento denuncia “pension” algo mais indistinto ainda: “Toscânia”; no interior, um pequeno pátio em terra batida, com muitos vasos e quartos dispostos em quadrado, preenchem um ambiente floral italiano deslocado em estranha noite austral.
Raul e Constância trocam as roupas escuras e usadas pelos alvos lençóis e dão-se com fúria de vendavais, até que o fulgor da chama finda , os seus destinos afastam-se em silêncio cúmplice…..
J.Santos