Heis-me aqui hoje sentado sob esta sombra verdejante, Recordando o meu passado, sou de novo menino errante, Volto a ser aquele petiz, descalço a caminho da escola, Carregando, tão feliz, os meus livros na sacola, percorria longo caminho para aprender um dia a ler, para perceber o mundo que me tentavam esconder, brincava feliz, contente, sem riqueza e sem temor pois no meu peito brilhava a chama de um doce amor. Vejo-me de novo ali, sentado naqueles banquinhos Hoje tão desgastados, tão tristes e tão velhinhos, E volto a ser a criança que sonhava um dia ser Letrado, sem importância, desde que soubesse ler, Volto a ver a bata branca nas costas de uma cadeira Esperando enxugar com o calor da fogueira, Volta a ver a professora que altiva me chamava Apenas para me punir os erros à reguada… Olho e vejo tanta gente, que nem consigo conhecer, Gente que nos mesmos bancos, também aprendeu a ler, Aprenderam coisas novas, de que nunca ouvi falar, Cresceram de ...
Um sitio para falar de emoções, sensações, para deixar ideias...enfim um cantinho para as letras em todas as suas formas, em todas as suas dimensões... em todas as suas maravilhosas nuances.