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Desabafo...que poucos entendem

Já passaram muitos anos...mas quem viveu de coração, não esquece as regras, os lemas e os valores que aprendeu. 
Quem um dia serviu o seu país, honrou a farda que vestiu e guardou no peito o orgulho de ter feito parte dessa grande família, não esqueceu o que aprendeu, não arrumou no fundo de uma gaveta os valores que lhe incutiram, nem tão pouco pôs de lado os lemas que um dia o guiaram.

Não fica ninguém para trás...nem os mortos.
Quem não sabe obedecer também não sabe mandar.
Nada vale mais que a vida humana.
Cumprir para além do dever.
Fazer mais do que o melhor que se consegue.
Cumprir e fazer cumprir.
Quem não sabe fazer também não pode exigir.
Servir, sem esperar ser servido.
Fazer, sem esperar ser visto.
Respeita para seres respeitado.

São coisas que ficam, que se colam como uma segunda pele, coisas de que, por mais tempo que passe, não nos conseguimos distanciar.
São esses valores, essas noções, essas ideologias que muitas vezes nos guiam, que nos levam a tomar decisões que por mais duras que sejam nos permitem estar de bem com a nossa consciência.
São esses valores que nos revoltam quando vemos as pessoas a apregoar uma coisa e a fazer outra, são essas ideologias que nos fazem querer agir quando as pessoas exigem dos outros atitudes que elas próprias não são capazes de ter, são essas noções que nos irritam quando sabemos que as pessoas mentem para esconder que afinal têm as mesmas atitudes que criticam nos outros.
São essas regras que nos fazem ficar em segundo plano, que nos fazem agir de acordo com a nossa consciência, sem precisarmos de fingir ou mentir.
São essas atitudes que nos fazem sentir que apesar de doer, estamos a fazer a coisa certa, não por nós mas pelos outros.
São essas coisas que nos tornam esquisitos aos olhos dos outros, que nos fazem parecer idiotas num mundo onde anda meio mundo a enganar outro meio, que nos fazem ser alvo de risinhos e comentários entre dentes.
São esses lemas que nos fazem fazer o que é certo, mesmo que o coração nos empurre noutro caminho.
São essas "idiotices" que nos fazem ter respeito por nós e sobretudo pelos outros.
São essas estranhezas que nos fazem sentir um aperto por dentro, que nos fazem sentir impotentes perante a dimensão da situação que atravessamos, que nos fazem querer mandar tudo para o espaço e ir… ir para a frente da batalha e lutar até ao fim, contra tudo e contra todos.
São essas peculiaridades que nos compelem a fazer a nossa parte, a fazer a coisa certa por mais que custe, por mais que doa, por mais que nos mate por dentro!



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