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Folhas de Outono


Ficam caídas no chão envoltas no seu manto
Ornado de dourado e tecido com fios de natureza,
Lindas na sua inerte mas tão bela singeleza,
Hão-de ficar assim caídas, ignoradas, esquecidas
Antes que o vento as sopre e as revolva pelo ar
Sem destino, sem rumo, sem direcção para lhe dar.

Dantes orgulhosamente verdes, frescas e reluzentes
Envolviam os entrelaçados ramos de vida e de beleza,

Outrora vivas hoje abandonam-se e deixam-se cair
Uma após outra, após outra como que num bailado,
Trocando o abraço das ramos pela frieza do chão,
Ondas de castanho com laivos amarelos e vermelhos
Num tapete colorido, único, fascinante e sazonal,
Outono que chega na sua beleza única e especial.

Comentários

  1. O Outono é uma estação um tanto mágica pela beleza que nos traz.

    Bonito o teu poema

    Beijinho

    ResponderEliminar
  2. o outono
    é sempre outra parte do silêncio
    da nostalgia
    da poesia
    do amor
    das lareiras

    bjs

    P.S. Obrigado pelas visitas...o meu novo livro não vai estar à venda. Contudo, se quiseres, podes enviar-me a tua morada que assim que eu tenha possibilidade envio-te um (custam 10 euros)

    ResponderEliminar

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  É difícil não nos deixarmos afectar pelo que nos rodeia, sobretudo quando irradia energia negativa por todo o lado. É difícil não deixar que a energia negativa nos envolva e perturbe. É dificil aprender a lidar com a agressividade gratuita, com a necessidade de espezinhar para mostrar poder, com a inata vontade de espalhar a frustração agredindo quem está em redor. É dificil manter a sanidade no meio de uma insanidade descontrolada e despropositada... O que fazer? Sofrer com isso ad eternum ou mandar à merda mentalmente e seguir em frente!

Tu és música que dança...

Tu és salsa, bolero, forró ou mesmo sambinha de uma nota só, tu és valsa ou tango argentino, tu és as notas do meu destino. Tu és merengue, mambo, lambada ou mesmo uma rumba bem ritmada, tu és fandango, corridinho, malhão, tu és música que dança no meu coração.

Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!