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Chove-me... Troveja-me...!!

                                                                   (Imagem retirada da Internet)


Chove-me na alma o imenso cansaço desta vida
Mundana, sem rumo, sem direcção, sem futuro,
Sem esperanças, sem certezas, sem alegria,
Sem forma de trepar para o outro lado do muro.
Troveja-me na alma a profunda indignação
Com a desatenção, com a frieza, com a estupidez,
Com a mais absoluta e plena falta de orientação
Com que esta gente governa apenas na sua altivez.
Chove-ma na alma a vontade de berrar a plenos pulmões
Que estou farta deste bando, desta corja que nos mata
Aos poucos a esperança, a oportunidade e as opções
e que transforma o nosso futuro num monte de sucata.
Troveja-me na alma a ânsia de ouvir palavras de bem,
De ouvir razões, explicações, de ver justiça e igualdade,
De saber que é errado tirar a quem já quase nada tem
E que ainda existe algures uma réstia perdida de humanidade!

Comentários

  1. Um retrato da realidade e de como nos sentimos muitas vezes!

    Gostei de ler Helena,

    Grande beijinho poético,

    Jessica *

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É dificil

  É difícil não nos deixarmos afectar pelo que nos rodeia, sobretudo quando irradia energia negativa por todo o lado. É difícil não deixar que a energia negativa nos envolva e perturbe. É dificil aprender a lidar com a agressividade gratuita, com a necessidade de espezinhar para mostrar poder, com a inata vontade de espalhar a frustração agredindo quem está em redor. É dificil manter a sanidade no meio de uma insanidade descontrolada e despropositada... O que fazer? Sofrer com isso ad eternum ou mandar à merda mentalmente e seguir em frente!

Tu és música que dança...

Tu és salsa, bolero, forró ou mesmo sambinha de uma nota só, tu és valsa ou tango argentino, tu és as notas do meu destino. Tu és merengue, mambo, lambada ou mesmo uma rumba bem ritmada, tu és fandango, corridinho, malhão, tu és música que dança no meu coração.

Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!