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Motim de palavras!

(Imagem retirada da Internet)
 
 
Amotinaram-se as palavras
que trago encerradas no peito,
recusam-se a soltar as amarras
e a sair alinhadas a preceito,
recusam-se a ser verso de poema
ou letra de uma qualquer canção,
recusam-se a dar voz ao dilema
e a tomar o partido do coração.

Amotinaram-se as palavras
que uso para falar do que calo,
recusam-se a ser linhas malfadadas
onde me perco, me afundo e me ralo,
recusam-se a ser o meu abrigo
ou o refugio dos meus medos,
recusam-se a ser poema sentido
que me nasce na ponta dos dedos.

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É dificil

  É difícil não nos deixarmos afectar pelo que nos rodeia, sobretudo quando irradia energia negativa por todo o lado. É difícil não deixar que a energia negativa nos envolva e perturbe. É dificil aprender a lidar com a agressividade gratuita, com a necessidade de espezinhar para mostrar poder, com a inata vontade de espalhar a frustração agredindo quem está em redor. É dificil manter a sanidade no meio de uma insanidade descontrolada e despropositada... O que fazer? Sofrer com isso ad eternum ou mandar à merda mentalmente e seguir em frente!

Tu és música que dança...

Tu és salsa, bolero, forró ou mesmo sambinha de uma nota só, tu és valsa ou tango argentino, tu és as notas do meu destino. Tu és merengue, mambo, lambada ou mesmo uma rumba bem ritmada, tu és fandango, corridinho, malhão, tu és música que dança no meu coração.

Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!