Olho a capa colorida… abro a revista e os meus olhos
passeiam-se pelas alvas folhas onde traços negros delineiam formas que esperam
ganhar cor… parece-me bem. Gosto de desafios, de experiências novas por isso
acedo ao convite. Reviro as gavetas e lá no fundo encontro uma caixa de lápis
de cor e um apara-lápis que há muito não têm uso.
Sento-me confortavelmente e penso para mim:
- Vamos lá
experimentar só uns minutinhos para ver o que isto dá.
Abro a primeira página… os lápis perfilam-se à espera de ser
escolhidos, pego num aleatoriamente e começo a colorir. Dou por mim a sorrir e
por instantes parece-me ouvir uma voz que me diz:
- Vá lá menina, isso pintado
como deve de ser… sempre dentro dos riscos!
Aqueles espaços de papel alvo vão ganhando nova cor e aos
poucos as formas antes insípidas e sem graça começam a ganhar vida… começa a
surgir diante de mim um novo mundo de formas coloridas e alegres.
Paro a contemplar o meu trabalho… parece-me bem, visto assim…
deixa cá ver que horas são, talvez ainda consiga fazer mais qualquer coisa…ai!
Nem posso acreditar! Já começou um novo dia e eu nem me dei conta! Vamos lá
arrumar tudo… devolvo os lápis de cor ao aconchego da caixa, pouso a revista no
conforto na minha mesa, deito um último olhar, esboço um sorriso e penso para
mim:
- Bem… a habilidade pode não ser muita, mas de facto a descontracção instalou-se. Dito isto apago a luz e deixo-me envolver por uma experiência nova que mais do que dar vida a folhas
de alvo papel me encheu a alma de cor e por momentos me fez voltar a ser
criança…
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