Avançar para o conteúdo principal

Muros ou pontes?

Por vezes temos dificuldade em nos adaptar às pessoas que nos rodeiam, às pessoas com quem convivemos e por vezes temos dificuldade em deixar pessoas novas entrar pelas portas da nossa vida. 
Por vezes estipulamos regras que acreditamos serem essenciais para que possamos conviver com certas pessoas... e por vezes ficamos sem saber o que fazer quando damos por nós a ter vontade de quebrar as regras, quando percebemos que afinal as coisas não são bem assim, quando começamos a ver as pessoas com outros olhos e a perceber para além do que a vista alcança.
Por vezes entramos em conflito entre o que achamos que devemos fazer, porque nos formatámos assim, e o que na verdade temos vontade de fazer.
E quando chegamos a esse ponto, entramos em conflito com o nosso próprio eu.
E aí temos duas opções:
Construir pontes e tentar viver as coisas de outra forma, aceitar outras opções, ceder e arriscar em novas oportunidades, aceitar que a nossa pré concepção podia estar errada, permitirmo-nos olhar as pessoas com um outro olhar...criar laços e construir coisas novas;
ou então
Construir muros e mantermo-nos intransigentes às nossas pré concepções, mesmo admitindo que podemos estar errados, criar conflitos, magoar e afastar as pessoas sem ter a coragem de lhes dizer porquê, reduzirmo-nos ao silêncio e simplesmente ignorar como se nunca tivessem cruzado a nossa vida.
O que é certo e o que é errado?
Não sei... não sei sequer se alguém saberá...
Sei apenas que construir muros só nos leva cada vez mais para dentro de nós, para dentro da nossa espiral muitas vezes auto destrutiva, para o nosso vazio, só nos aprisiona cada vez mais aos nossos fantasmas... Sei apenas que construir pontes nos pode trazer agradáveis surpresas, nos leva a olhar o mundo de outra forma, nos leva a procurar além do que a vista alcança...
Sei apenas... que tudo seria mais fácil se se construíssem mais pontes e de derrubassem mais muros...

Comentários

Mensagens populares deste blogue

É dificil

  É difícil não nos deixarmos afectar pelo que nos rodeia, sobretudo quando irradia energia negativa por todo o lado. É difícil não deixar que a energia negativa nos envolva e perturbe. É dificil aprender a lidar com a agressividade gratuita, com a necessidade de espezinhar para mostrar poder, com a inata vontade de espalhar a frustração agredindo quem está em redor. É dificil manter a sanidade no meio de uma insanidade descontrolada e despropositada... O que fazer? Sofrer com isso ad eternum ou mandar à merda mentalmente e seguir em frente!

Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!

Quando tudo terminar

Quando tudo terminar o que fica para além de ti, e que é de facto importante, é quem foste, o que fizeste, as memórias que criaste, as recordações que construíste, a marca que impregnaste em quem ficou, as gargalhadas que provocaste, os momentos que partilhaste. A riqueza desgasta-se, os títulos perdem-se, os dotes desvanecem-se, as propriedades decaiem e muitas vezes caiem por terra... Mas as acções que fizeste, as causas que defendeste, as vidas que tocaste, as recordações que construíste, as memórias que deixaste são indeléveis e perduram para além do tempo. Não te preocupes em ser uma boa pessoa, preocupa-te em ser uma pessoa boa porque no fim é isso que vai ficar na memória e no coração daqueles cuja vida cruzaste por este ou aquele motivo. O que fica na verdade é a vida que se viveu...não o que poderia ter sido, o que poderia ter tido, o que poderia ter feito!  O que fica são as palavras que nos tocaram o coração, os sorrisos que nos aqueceram a alma, os gesto...