
alegre, bem disposta, florida e radiosa,
uma ave que voa feliz na sua esfera,
um leve e harmonioso botão de rosa.
Há dias em que sou toda Verão,
brilhante, colorida e encantadora,
sorriso que passa de mão em mão,
esperança juvenil e sedutora.
Há dias em que sou toda Outono,
melancólica, nostálgica e calada,
um sonho que não encontra o dono,
uma sensação esquecida e ignorada.
Há dias em que sou toda Inverno,
triste, solitária, cheia de mágoa e dor,
uma alma que já viveu o seu inferno,
um desejo que já perdeu a sua cor.
Há dias em que sou quatro estações,
alegria, luz, crepúsculo e vento,
há dias em que não controlo emoções,
há dias em que tudo é desalento.
Há dias em que sou apenas eu,
onde me perco, choro e rebento,
onde lembro o que o tempo esqueceu,
onde cai e me ergo com novo alento.
Há dias em que sou eu somente,
onde me encontro, rio e aguento,
onde volto a ser Verão novamente,
onde volto a ser bálsamo e unguento.
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