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Passei o dia...





Passei o dia…

Passei o dia a gritar por dentro,
a espernear dentro de mim mesma,
a reprimir as lágrimas de frustração…

Passei o dia a mandar tudo para o espaço
sem que ninguém me pudesse ouvir,
sem que ninguém sequer se desse conta…
Passei o dia a lutar contra esta raiva absurda,
esta vontade de partir louça e berrar
a plenos pulmões “Estou aqui! Ouçam-me!”.
Passei o dia a pensar em mais uma noite mal dormida,
em mais um amanhecer despojado de vontade,
em mais um dia igual a todos os que já passaram…
Passei o dia a pensar que amanhã… quem sabe?
Talvez amanhã o céu amanheça mais azul
ou simplesmente eu me sinta confiante e feliz…
Talvez amanhã eu acredite que amanhã será diferente…

(Participação na Antologia In Versos editada pelas Edições Ecopy em Dezembro de 2011)

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  É difícil não nos deixarmos afectar pelo que nos rodeia, sobretudo quando irradia energia negativa por todo o lado. É difícil não deixar que a energia negativa nos envolva e perturbe. É dificil aprender a lidar com a agressividade gratuita, com a necessidade de espezinhar para mostrar poder, com a inata vontade de espalhar a frustração agredindo quem está em redor. É dificil manter a sanidade no meio de uma insanidade descontrolada e despropositada... O que fazer? Sofrer com isso ad eternum ou mandar à merda mentalmente e seguir em frente!

Tu és música que dança...

Tu és salsa, bolero, forró ou mesmo sambinha de uma nota só, tu és valsa ou tango argentino, tu és as notas do meu destino. Tu és merengue, mambo, lambada ou mesmo uma rumba bem ritmada, tu és fandango, corridinho, malhão, tu és música que dança no meu coração.

Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!