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No alto da torre...



No alto da torre um sino dobra com todo o vigor,
o eco das badaladas ecoa, aqui, em meu redor,

agita-se numa suave brisa a verde vegetação

e até o correr do rio se assemelha a uma oração.

No alto da torre um sino velho e bastante pesado

que com a sua voz metálica nunca será ignorado,
uma estranha serenidade envolve este lugar
e até o meu coração parece deixar de palpitar.
No alto da torre um velho sino de bronze forjado,
uma existência sem futuro e alheia ao seu passado,
uma serenidade desce sobre a minha existência
e deixa-me presa num estado de suave dormência.
No alto da torre um sino dobra com todo o vigor,
com ancestrais badaladas de fé, de glória e louvor,
acalma-se numa suave brisa o meu inquieto coração
e fecho os olhos... absorta numa interior contemplação..

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Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!