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Chuva de verão

Talvez não tenhas sido mais do que chuva no verão,
Sabes, daquela chuva que refresca a terra seca e árida
E que por algum tempo lhe devolve o verde e a vida…
Talvez não tenhas disso mais que trovoada de primavera,
Sabes, daquela que chega de surpresa, sem aviso prévio
E que ao passar deixa a marca do seu estrondo seco…
Talvez não tenhas sido mais que uma folha seca no outono,
Sabes, daquelas que se soltam e rendem a uma nova estação
E revestem o chão de um manto vermelho e dourado…
Talvez não tenhas sido mais que uma noite fria de inverno,
Sabes, daquelas em que buscamos o aconchego de um gesto
E o carinho delicado de uma palavra dita com sinceridade…
Talvez não tenhas sido mais que uma tempestade de estações,
Sabes, daquelas que vêm e vão num simples piscar de olhos
E que desaparecem, dando apenas lugar a uma boa lembrança…
Talvez não tenhas sido mais do que um breve momento,
Sabes, daqueles que acontecem apenas de vez em quando
E que são maravilhosos enquanto duram… mas que acabam…
Talvez não tenhas sido mais do que uma breve e doce ilusão,
Sabes, daquelas que ficam para o resto da vida guardadas
Como o alento que um dia nos fez acreditar num novo amanhã…

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Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!

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