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Últimas cores...





As últimas cores de Outono vestem-me a alma de esperança,
sei que uma época termina para dar lugar a uma outra,
sei que para além do que a alma sente e a vista alcança
uma nova época, uma nova fase começa aqui e agora.
Despe-se o manto de cores douradas, de tons de vermelho,
veste-se o manto de frio, de vento, de chuva e branca neve,
esconde-se a quente alma adormecida atrás de um espelho
que sem luz, sem sol, sem esperança de pouco ou nada serve.
Morrem as folhas, despem-se as árvores, arrefecem as emoções,
hibernam alguns animais e, a bem da verdade, alguns sentidos,
adormecem sonhos, para mais tarde despontar em novas sensações,
em novas etapas, novas vidas, em despertar de amores esquecidos.
As últimas cores do Outono trazem esperança e espalham tristeza,
encerram um ciclo e dão lugar a outros plenos de novas sensações,
trazem consigo a eterna e por vezes tão esquecida certeza
de que a vida é feita de ciclos, de renovação... de tantas estações...

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É dificil

  É difícil não nos deixarmos afectar pelo que nos rodeia, sobretudo quando irradia energia negativa por todo o lado. É difícil não deixar que a energia negativa nos envolva e perturbe. É dificil aprender a lidar com a agressividade gratuita, com a necessidade de espezinhar para mostrar poder, com a inata vontade de espalhar a frustração agredindo quem está em redor. É dificil manter a sanidade no meio de uma insanidade descontrolada e despropositada... O que fazer? Sofrer com isso ad eternum ou mandar à merda mentalmente e seguir em frente!

Tu és música que dança...

Tu és salsa, bolero, forró ou mesmo sambinha de uma nota só, tu és valsa ou tango argentino, tu és as notas do meu destino. Tu és merengue, mambo, lambada ou mesmo uma rumba bem ritmada, tu és fandango, corridinho, malhão, tu és música que dança no meu coração.

Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!