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Chega um altura

Chega um altura em que deixamos simplesmente de nos chatear com quem vai e com quem fica.
Chega uma altura em que concluímos que para correr atrás só se for de alguma coisa que nos faça perder peso e ganhar sorrisos.
Chega uma altura em que percebemos que o importante mesmo somos nós... o resto que se lixe!
Chega uma altura em que aprendemos que a primeira pessoa a quem temos de agradar e de quem temos de gostar é de nós mesmos.
Chega uma altura em que deixamos de querer saber o que os outros pensam, queremos viver e ser felizes.
Chega uma altura em que queremos fazer o que nos apetece, quando nos apetece e com quem nos apetece.
Chega uma altura em que vemos as coisas de uma outra dimensão, sem a ânsia de outras juventudes.
Chega uma altura em que olhamos para o espelho e pensamos: uau sou mesmo um arraso! Não concordam? Temos pena. Temos de viver com os nossos olhos e não com os dos outros.
Chega uma altura em que aprendemos a valorizar-nos, a gostar de nós, a acreditar em nós e sobretudo a viver por nós.
Chega uma altura em que pessoas ficam para trás, talvez porque não merecessem caminhar ao nosso lado e o nosso brilho as incomodasse.
Chega uma altura em que só queremos ao nosso lado pessoas cuja energia seja boa, compatível com a nossa, que entendam de onde viemos e para onde queremos ir, que estejam lá para rir na nossa alegria, para nos enxugar as lágrimas na nossa tristeza, para nos dizer uma palavra ou simplesmente ficar em silêncio quando assim é necessário.
Chega uma altura em que crescemos... sim... finalmente crescemos e aprendemos que o melhor lugar do mundo é dentro de nós mesmos, aprendemos que somos mais do que o papel de embrulho, que valemos mais do que casualidades e que queremos ser mais do que simples viajantes neste caminho chamado vida.
Chega uma altura em que tomamos consciência da nossa finitude e em que queremos viver a vida, ser positivos, alegres, leves e soltos...
Chega uma altura em que tudo o que queremos é ser quem somos. Gostam? Óptimo seja bem vindos! Não gostam? Oh que pena... já vão tarde!

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É dificil

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Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!

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Quando tudo terminar o que fica para além de ti, e que é de facto importante, é quem foste, o que fizeste, as memórias que criaste, as recordações que construíste, a marca que impregnaste em quem ficou, as gargalhadas que provocaste, os momentos que partilhaste. A riqueza desgasta-se, os títulos perdem-se, os dotes desvanecem-se, as propriedades decaiem e muitas vezes caiem por terra... Mas as acções que fizeste, as causas que defendeste, as vidas que tocaste, as recordações que construíste, as memórias que deixaste são indeléveis e perduram para além do tempo. Não te preocupes em ser uma boa pessoa, preocupa-te em ser uma pessoa boa porque no fim é isso que vai ficar na memória e no coração daqueles cuja vida cruzaste por este ou aquele motivo. O que fica na verdade é a vida que se viveu...não o que poderia ter sido, o que poderia ter tido, o que poderia ter feito!  O que fica são as palavras que nos tocaram o coração, os sorrisos que nos aqueceram a alma, os gesto...