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Ensaio de conto/romance/ou coisa assim :) - Parte II continuação

(...)E heis que um sinal sonoro me informa que acabo de receber uma mensagem… mas quem será agora? Justamente agora que o pastel de nata me estava a saber tão bem. Abro a capa, carrego no botão… Indicação de nova mensagem, remetente Júlio… a sério? Humm… não estou nem aí… distraidamente carrego no apagar e nem me dou ao trabalho de ler. Escusam de estar aí com essa cara a julgar-me… se a alminha quisesse dizer-me alguma coisa de relevante tinha aproveitado a ocasião em lugar de ter aproveitado para se auto-elogiar. Não me apetece perder tempo com coisas que não levam a lado nenhum.

Mentalmente já estou a imaginar que em breve Margarida Sofia me vai ligar a questionar porque raio não respondi à mensagem do amigo… lá terei de lhe explicar que não me apetece perder tempo com pessoas sem interesse nem conteúdo. Mas isso, são outros quinhentos… neste momento o que me importa é terminar este belo lanche, aproveitar esta bela tarde e esquecer tudo o resto.

E lentamente levanto-me, faço serenamente o caminho de volta ao carro, entro e num segundo estou de volta a casa. Chego com a alma lavada, fresca, animada, positiva… se eu soubesse que ser politicamente incorrecta era tão bom teria certamente começado mais cedo. Mas nunca é tarde para mudar, para querer, para crescer e sobretudo para viver. (...)

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É dificil

  É difícil não nos deixarmos afectar pelo que nos rodeia, sobretudo quando irradia energia negativa por todo o lado. É difícil não deixar que a energia negativa nos envolva e perturbe. É dificil aprender a lidar com a agressividade gratuita, com a necessidade de espezinhar para mostrar poder, com a inata vontade de espalhar a frustração agredindo quem está em redor. É dificil manter a sanidade no meio de uma insanidade descontrolada e despropositada... O que fazer? Sofrer com isso ad eternum ou mandar à merda mentalmente e seguir em frente!

Chão

Tojos, arbustos, carqueijas, giestas, mato, rosmaninho, arruda e ervas benfazejas,  aves que fazem ninho, rochas ingremes e salientes,  águas frias e correntes, aldeias aninhadas no sopé, montes a perder de vista,  ermidas erguidas na fé, terra que o coração conquista, serenidade que embala e acalma, verde manto que o olhar prende, paraíso que nos acalenta a alma, chão que nos embala e entende!

Quando tudo terminar

Quando tudo terminar o que fica para além de ti, e que é de facto importante, é quem foste, o que fizeste, as memórias que criaste, as recordações que construíste, a marca que impregnaste em quem ficou, as gargalhadas que provocaste, os momentos que partilhaste. A riqueza desgasta-se, os títulos perdem-se, os dotes desvanecem-se, as propriedades decaiem e muitas vezes caiem por terra... Mas as acções que fizeste, as causas que defendeste, as vidas que tocaste, as recordações que construíste, as memórias que deixaste são indeléveis e perduram para além do tempo. Não te preocupes em ser uma boa pessoa, preocupa-te em ser uma pessoa boa porque no fim é isso que vai ficar na memória e no coração daqueles cuja vida cruzaste por este ou aquele motivo. O que fica na verdade é a vida que se viveu...não o que poderia ter sido, o que poderia ter tido, o que poderia ter feito!  O que fica são as palavras que nos tocaram o coração, os sorrisos que nos aqueceram a alma, os gesto...